Ligar o computador, conectar o Steam e deparar-nos com a mais recente novidade da secção de simuladores em promoção já se tornou rotina.
Sem ser demasiado esmiuçador diria que se não tivesse existido 2013 não teria-mos de ser diariamente confrontados com isto que poderá ser denominado de "aberração estéril". "Aberração" pois isto além de nos fazer perder tempo, tira-nos alguma esperança na humanidade. "Estéril" porque achei que daria mais impato ao adjetivo anterior proporcionado a vocês uma maior curiosidade para continuarem a leitura do artigo.
Introspecionaremos então acerca dos "simuladores": Software criado por alguém que não tem vida com o propósito de conceder uma vida a quem não tem iniciativa suficiente para viver a sua própria vida.
Com os simuladores atuais temos a possibilidade de cortar rins, semear produtos hortícolas, cavar buracos de grande profundidade, substituir filtros de ar, conduzir camiões, descarrilar TGV's, despenhar um Boeing-777 nos Alpes, invocar cabras infernais, levar uma cidade à banca-rota e com certeza deve existir algures um simulador de homosexualidade. Na verdade podemos admitir que todos os jogos se classificam como simuladores, desde um Call Of Duty a um FIFA, sendo que hoje em dia atribuimos a etiqueta de "simulador" a produções Indy ou de baixo custo. E agora vocês contestam " Ai, mas os simuladores até que não são assim tão desprimorosos", pois não, o Youtube é os faz desprimorosos. Se alguém se lembra de trazer um simulador para a plataforma, dentro de um mês ele já se encontra mais batido que um refugiado sírio em território húngaro. E isto não é o pior! Logo que o simulador comece a ter sucesso as produtoras vêm a oportunidade de começar a cobrar por eles, chegando ao ponto de darmos connosco a dar 10€ por um simulador de cabra. Por menos se suicidou o Budd Dwyer!
E com esta exaustiva introspeção, é uma boa hora para adotar uma criança no The Sims.
Por: Zé Trovoada
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