As dificuldades serão mais notórias especialmente nas lojas mais pequenas, que poderão ter falta de stock. Este cenário nunca chegou a ser expectado nem pela empresa, nem pelos clientes.
De acordo com investigações da revista Sábado, "A principal fábrica da Europa, localizada em Billund, na Dinamarca, produz cerca de 72 milhões de peças diárias. E tal como a outra, na cidade húngara de Nyíregyháza, está a usar 100% a capacidade de produção."
Segundo a Lego, esta "crise" só afectará o continente europeu. Em declarações ao The Wall Street Journal, a empresa disse que os clientes dos Estados Unidos da América não chegarão a ser afetados pois a fábrica em Monterrey, no México, responsável pelo abastecimento do mercado norte-americano, assegurou que cumpriria os prazos e as quantidades de entrega.
À semelhança do que fez na sua principal fábrica, onde investiu mais de 410 milhões de euros, a empresa planeia aumentar a capacidade de produção também na Hungria, ao duplicar o tamanho das instalações.
A receita de 3800 milhões de euros em 2014 e o lucro de quase 1900 milhões de euros no primeiro semestre de 2015 (neste período os lucros aumentaram 23%), permitem que as contas se mantenham, um cenário oposto àquele que as pequenas empresas, que dependem destes meses para equilibrar as contas, sofrerão.
Para dar continuidade à política da empresa, que prefere fabricar os produtos perto dos seus principais mercados, a marca declarou que em 2017, a nova fábrica na China, localizada na cidade de Jiaxing, a cerca de 100 quilómetros de Xangai, estará operacional e terá capacidade para dar resposta à procura dos países asiáticos.
Relembra-mos que já não é a primeira vez que a Lego suportou uma crise semelhante. Em 2010 e 2012 teve de pedir desculpas aos seus clientes por não conseguir responder à procura.
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