Capítulo I
Esta história começa como muitas outras já contadas pelos nossos antepassados, começa com o amanhecer de um novo dia, e nesse crepúsculo entre a escuridão e a luz surgiu um indivíduo com tendência para a anormalidade, uma personagem que iria mudar o modo como todos vemos o nosso mundo.
Falo de Josefino Tocagaita, um sujeito que foi registado na conservatória com apenas dois nomes, e que por vergonha das suas raízes, decidiu idolatrá-lo com mais uns quantos para, deste modo, criar uma nova identidade. E que mal tem uma pessoa gostar de usar um pseudónimo ? Existem muitas entidades na atualidade e no passado que por vergonha, medo, secretismo ou porque pura e simplesmente lhes apeteceu, criaram um novo "eu", uma nova personalidade através da qual pudessem expressar os seus verdadeiros sentimentos e tudo por uma simples razão, movimentar esse comboio de corda que se chama coração.
Pouco se sabe acerca deste lunático luso-brasileiro, pensa-se que tenha nascido há 18 verões atrás no Rio de Janeiro, e por motivos desconhecidos foi enviado pelos pais para um orfanato na Damaia, em Portugal, perto de uma humilde casa de sujeitos de etnia cigana. Quanto aos pais, pouco ou nada se sabe, Josefino já afirmou em variadas ocasiões que o pai era dotado para a embriaguez e a mãe era exímia na prática de uma atividade pouco respeitada pela sociedade, mas também a mais antiga desde que se fazem registos.
Desde tenra idade, Tocagaita demonstrou capacidades impressionantes naquilo a que muitos na Damaia chamam a arte de “pedir emprestado”. Tornou-se um individuo amado por uns e odiado por outros, tal e qual, como se fosse um chefe da “Cosa Nostra”, isto é, da máfia italiana.
Muitas são as personagens que tem como ídolos, contudo, resumem-se apenas a vilões ficcionais, sendo que no topo da sua lista está o “Joker”, um dos vilões mais irónicos e psicopatas da história do cinema, o chamado Palhaço do Crime, e vai ser com base no Joker que irei continuar a contar a história de Josefino nos próximos capítulos que prometem ser mais longos e desafiantes a nível pessoal desta personagem muito real.
Por: João Pedro Duarte
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