Na passada sexta-feira, dia 7 de Abril de 2017, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou duas alterações nas regras da atribuição de prémios na cerimónia das estatuetas douradas. Estas mudanças vão incidir nas categorias de Melhor Filme de Animação e Melhor Documentário (longa-metragem), e Melhor Banda Sonora.
Depois da polémica que surgiu devido ao facto de O.J.: Made in America (avaliado em 9.2/10 valores pelo Rotten Tomatoes) ter arrecadado o galardão de Melhor Documentário na edição dos Oscars deste ano, a Academia decidiu impor uma nova regra: a partir do próximo ano, nenhum documentário divido em partes ou concebido em série poderá candidatar-se ao Oscar de Melhor Documentário.
O.J.: Made in America é um documentário que atinge praticamente oito horas de duração, e apesar de cada uma das partes da produção ter estreado em formato de "filme independente" nalgumas salas de cinema, a verdade é que o projeto foi concebido como uma minissérie documental. Desta feita, tal como The Jinx (avaliado em 8.1/10 valores pelo Rotten Tomatoes) ou Making a Murderer (avaliado em 8.7/10 valores pelo Rotten Tomatoes), O.J deveria ter sido premiado na cerimónia dos Emmys (homenageiam os trabalhos em televisão).
No que toca ao Melhor Filme de Animação, é importante realçar as mudanças em relação à escolha do vencedor. Até ao ano passado, o comité que votava era formado apenas por entidades associadas à Animação propriamente dita, contudo, a partir de 2018, qualquer membro da Academia poderá votar.
Por fim, no caso de existir uma banda sonora que seja composta por três ou mais compositores, estes deverão ser considerados como um "grupo", e portanto, em caso de vitória, venceriam apenas uma estatueta.
A títulos de curiosidade, a cerimónia dos Oscars da Academia em 2018 realizar-se-á no dia 4 de Março.
Por: João Pedro Duarte; aka: Sevprisna
Enviar um comentário